sexta-feira, junho 28, 2013

Sobre a constituinte proposta pelo Governo Central


Se você acha que tudo o que está acontecendo no Brasil pode ser manipulação do próprio governo central, respire um pouco, e leia esse texto, um pouco longo, mas que expõe coisas que talvez não lhe passaram pela cabeça. Não é teoria da conspiração. São fatos já ocorridos e em curso...

Toda essa movimentação de rua está deixando claras algumas coisas, confirmando as previsões de especialistas em jogos ideológicos e dialética social:

a) Tudo foi manipulado pelo próprio Governo Central, que financia (dentre tantas ONGs que lhe são úteis), por meio da falida Petrobrás, o MPL - Movimento Passe Livre. O mote - passe livre, ou passagem gratuita para todos - foi usado para colocar o povo nas ruas, organizando-se movimentações em dezenas de cidades. Obtiveram êxito e se retiraram da bagunça que criaram.

b) Considerando-se que o brasileiro poderia encontrar em tais movimentos - especialmente com a coincidência (será?) da campanha publicitária de uma montadora de carros, o "Vem prá Rua!" - conseguiu-se provocar a sua ida em massa para protestar contra tudo.

c) Estou certo de que foram contratados profissionais em badernas populares, talvez até das FARCs e outros grupos terroristas, como aventado por blogueiros e estudiosos do caso brasileiro, para "apimentar" as manifestações, criando caos em centenas de cidades. Eu mesmo vi vozes de comando desses bandidos profissionais em vários vídeos passados na TV. A criação de um clima de insegurança em todos os sentidos, serve como preparação para os próximos passos, especialmente o desejo popular de mudanças rápidas. Sim, brasileiro quer tudo já. O imediatismo, criado por anos de inflação, pacotes governamentais, insegurança institucional, insegurança jurídica dentre outras mazelas criadas e/ou possibilitadas pelo modelo concentrado de País, é um dos elementos mais presentes na esperança de soluções.

d) Na última sexta feira, dia 21/06, um planejado pronunciamento de um dos membros do esquema, propondo, no Senado, a extinção dos partidos políticos - um dos principais alvos dos protestos sagazmente provocados - e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Nada é por acaso...

e) Dias depois, no início da semana seguinte, a Presidente da República propõe um plebiscito para autorizar a realização de uma Constituinte para fazer uma Reforma Política. Já se sabia que haveria reações e ficou-se "apenas" com o plebiscito. Era exatamente o que queriam. os partidos da base aliada já se acertaram com o Executivo e tudo está devidamente preparado.

f) Segundo avaliações de cientistas sociais dentre outros estudiosos em entrevistas à mídia, existe um risco de se conduzir um plebiscito convocado para direções que podem levar o Brasil a uma aproximação muito perigosa da extinção de diversas conquistas democráticas, com a ampliação da concentração de poderes, a dificuldade de ação política de congressistas e partidos, engessando-os "ao gosto do desgosto criado na população ao longo de anos de desmandos e "mal feitos" de políticos e partidos".

O Brasil corre sério risco! É provável que até mesmo novos partidos sejam proibidos de serem criados, por alguma novidade jurídica talvez já preparada. É preciso rever toda a condução do processo de ocupação do Estado, da Imprensa, das Universidades, da construção de uma plutocracia subjugando grandes grupos econômicos às suas vontades em troca de benesses e contratos, ações que se desenvolveram sob criterioso e maquiavélico planejamento.

Eu não saberia dizer quando será o golpe final, o golpe de misericórdia na Nação, tonta, envolvida com seus problemas do dia a dia, focada no seu individualismo, alimentado pelo consumo facilitado, uma armadilha acessória que endividou quase todos, agora ocupados e desesperados em pagar seus débitos. A fuga rumo à uma breve e emocionada unidade coletiva se deu por breves momentos de desabafo social nas ruas, sem que a massa perceba que está sendo amplamente manipulada. Porque massa não pensa. Quem pensa é o indivíduo. Ou seja, VOCÊ!

Tenho que lhe dizer que eles conseguiram ao longo dos anos, e não é coisa apenas deste governo, concentrar 75% de todos os impostos que se arrecadam no País. Então, concentrando-se dois terços de todos os recursos produzidos por você juntamente com todo o poder, o que você pode esperar?

Temos saída? Penso que existem duas saídas. A primeira é reconhecer o processo e, além de gritar pelas causas que, na verdade, são efeitos desse modelo perversamente concentrado em Brasília, assinar o apoio ao registro de um partido político que tem um projeto capaz de fazer frente a esse monstruoso risco. Este partido, o Federalista, é um veículo necessário para propor legalmente e democraticamente mudanças estruturais no País. E é o único. Que mudanças são essas? Começa pela autonomia dos estados e cidades:

1. Tributária (cada estado e cidade fica com seus próprios recursos arrecadados e para de enviar a maior parte para o governo Central;

2. Legislativa – você deixará de esperar por leis que nunca serão votadas e ficará livre do risco de outras serem votadas contra o seu desejo e o desejo do povo do seu estado;

3. Judiciário – justiça rápida e justa, acessível, sob constituição estadual, que se submete à Federal.

4. Administrativo – Cada estado e cada cidade com liberdade de verdade, ampla, para identificar melhor como usar os recursos e potencialidades em todos os sentidos, sem a intromissão de gente que não sabe nem onde fica sua cidade ou seu estado.

Ainda temos condições de fazer isso. Mas é imperativa a sua ação imediata! Assinar e captar muitas outras assinaturas. Desesperadamente! Porque a outra saída, correndo o risco de exagerar (e torcendo para eu estar errado), é o aeroporto internacional.

Quanto tempo ainda temos? Não sei, mas o processo parece estar se acelerando. Entre tapas e beijos, anestesia e gás lacrimogênio, está se programando uma Síndrome de Imuno Deficiência Cívica da absoluta maioria da população, e não haverá antídoto, exceto um golpe - ou novo contra-golpe militar, começando tudo de novo...

São reflexões que me preocupam e me apavoram muito, porque tenho no meu DNA toda essa leitura, já que, como filho de húngaros que passaram por tudo isso, na Hungria e na Europa, desde Hitler até Stalin, reconheço de longe tais ameaças. Pelo sim, pelo não, vamos desconcentrar os poderes, trazê-los para os estados e municípios, pois além de nos livrar desse possível mal, nos possibilitará resolver a maioria absoluta dos problemas nacionais.


O lado bom dos protestos é que se descobriu que é possível sim, a conquista por um Povo unido, desde que saiba exatamente o que quer, sem dispersão de temas. As reformas federalistas do Brasil podem vir rapidamente, em 2014, se registrarmos o Federalista até setembro próximo. E, viabilizará, de forma sustentável do ponto de vista econômico e social, a vida de todos os brasileiros. A sua vida.

2 comentários:

  1. Anônimo4:29 PM

    concordo contigo sr. Korontai. pena q quando tentei coletar assinaturas para teu partido as pessoas ñ kiseram levantar na justiça eleitoral os proprios dados. disseram q era burocracia d+, e é mesmo, e desistem. sinto muito, mas minhas mãos estão atadas.

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  2. Estamos conseguindo, aos poucos e de modo crescente. Sempre existe um jeito para quem quer fazer acontecer. melhor enfrentar um pouco de burocracia do que viver uma vida limitada em um país que limita seus cidadãos as serem escravos dos governantes, oligarcas e plutocratas. Quem quer, faz acontecer.

    O Partido não é meu, sou apenas o fundador e lidero as ideias, mas o partido foi fundado para ser dos filiados, assim reza o estatuto. Está convidado a lê-lo no site do Federalistas.

    Vamos em frente, não desista. Eu não desisti depois 23 anos... estamos quase lá.

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