A todos que se afastam da
política, que se declaram “apolíticos” quero propor uma análise desse “não me
toques” e para onde isso pode nos levar. O afastamento progressivo da
maior parte da Sociedade da política é algo sem precedentes no País. Se o voto
fosse facultativo, e talvez por isso não seja, seria um vexame mundial,
provavelmente. Já vi estatísticas que mostram que 80% dos eleitores não sairiam
de casa para votar. O volume de abstenções representado pelos votos nulos e
brancos já chega à casa dos 45% fácil. Muita gente descobriu que é mais fácil e
menos atentatório à sua dignidade pagar a multa de R$ 3,00 diante da obrigação
de votar, sob pena de represálias do Estado. E chamam isso de democracia...
E o que temos? A maioria absoluta
nem se lembra em quem votou na última eleição, exceto para presidente e
governador. E querem que o País se arrume... Lamento informar, mas isso
não vai ser possível considerando a manutenção do modelo equivocado de País que
temos. Não tem mágica que arrume. Com todo respeito que tenho por vários
políticos, todas as 30 legendas políticas só têm uma proposta: ficar no poder,
na linha de frente ou nele encostado. Custe o que custar – para a Nação,
obviamente. Aliás, essa é a opinião dominante de 99% da Sociedade Brasileira.
Esse quadro é excelente para quem
está no poder. Há cada vez mais evidências de que os atuais integrantes do
Governo Federal, além de muitos do Legislativo Federal, são membros de um
audacioso projeto de poder para toda a América Latina – o Unasul está aí para
referendar isso, resultado do Foro de São Paulo, criado e integrado por gente
como Fidel Castro, Farcs, guerrilheiros de “movimentos sociais” como os Sem
Terra, Sem Casa, os Sem Rumo e os Sem Vergonha, dentre outros, incluindo,
integrantes de vários partidos brasileiros.
E isso não é de hoje. Muitas das
medidas, ou falta delas, incluindo a libertinagem da criação de enclaves
indígenas dentro do próprio Brasil, já vêm de longe, antes do atual governo.
Teoria da Conspiração? Bem, é melhor observar os fatos da História mais
recente, de uns 20 anos para cá, juntá-los e montar o quebra cabeça.
Quer
concordemos ou não, as peças se encaixam. Eis algumas delas:
1. Fragmentação do Território Federal – casos como Raposa do Sol, grupos indígenas do oeste do Mato Grosso, quilombolas, campesinos, sem terra... tudo garantido por uma Constituição que impôs a “função social da propriedade”, conceito que pode ser interpretado de mil maneiras, todas péssimas, pois propriedade só tem um conceito correto: propriedade.
2. Destruição do tecido social – cartilha oficial que ensina o uso de drogas, apoio oficial à prostituição, condenação do capitalismo e ufanização de déspostas nas escolas, progressiva eliminação de fatos históricos brasileiros, criando um vazio no passado e eliminando referências de heróis brasileiros, foco forçado nos esportes e música com a expansão da idolatria, proteção e incentivo à homossexualização – com a perseguição contra o direito de não concordar com isso - criação de cotas raciais e sociais dividindo e subdividindo um povo que estava cada vez mais miscigenado e unido, banalização de valores éticos e morais, destruição da família, desmoralização das instituições com a expansão e descaramento da corrupção, desmandos e descasos, dificuldades crescentes causadas pela burocracia para quem produz, ampliação do ócio incentivado (poderia se dizer, “vagabundagem” mesmo) através dos chamados “programas sociais” e “redes de proteção”, criminalidade e impunidade, enfim, o relativismo moral;
3. Destruição da empresa – com excessos trabalhistas crescentes, burocracia estonteante, tributos que ultrapassaram o conceito de extorsão, o controle centralizado com forte apoio da tecnologia da informação por parte da Receita Federal, que elimina a autonomia de procedimentos e competitividade de estados e municípios, empurrando cada vez mais empreendedores para a informalidade e para “negócios” marginais.
4. Destruição do Indivíduo – com o modelo de educação que não educa, desde a creche, formando pessoas cada vez mais vazias emocionalmente e moralmente, treinadas para o “politicamente correto” para ampliar a patrulha social, a universidade, banalizada pelo mercantilismo subvencionado pela regulamentação centralizada, a esmagadora maioria da imprensa dominada, praticamente fechada a ideias como o federalismo – estão cavando a própria sepultura? - está se anulando o individuo. Com o cada vez mais forte controle da informação e da informatização, o Estado nos empurra para o surreal quadro antecipado pelo filme Matrix. Poucas provas disso estão nos atos da Receita Federal que já coleta informações de cartões de crédito e atividades bancária, Detrans e circunscrições de imóveis, e já está lançando uma nova carteira de identidade com chip, que deverá ser usada, depois de plenamente implantada, até para comprar uma caixa de fósforo. Logo o Estado saberá tudo e muito mais sobre cada um. George Orwell e Aldoux Huxley tinham razão?
5. Uma Carta Magda – Pois é, não temos uma Carta digna de ser Magna. Muito menos cidadã! Cerca de 2/3 do texto constitucional em vigor desde 1988 não valem nada, pois não foram regulamentados. O restante, 1/3, com raríssimas exceções, não presta. Com 66 emendas (não sei de alguma nova?) inclusive nas Disposições Transitórias, e mais de quatro milhões de normas legislativas editadas desde 88, temos um desordenamento jurídico, subjugado à “lei da falta de lei”, ou seja, tudo que não estiver prescrito positivamente (que significa dizer o que pode ou não pode), está livre para ser feito, razão de tanta impunidade. Advogados não fazem nada mais do que sua obrigação, assim como, os juízes: cumprir o que está escrito com base no que não está, ou, pior, na confusão que se resolve na base do quem pode mais chora menos. Por falta de um modelo consuetudinário de justiça e descentralizado para diminuição de instâncias, o Judiciário se transformou apenas em uma indústria de petições. E a policia se limita ao espetáculo, nominando operações, pois, com raras exceções, quase sempre focadas na parte mais fraca, ninguém fica preso. Passado o show, a vida segue.
A ideia subjacente dessa
“engenharia destrutiva” parece ser “unir” os povos latino-americanos para uma
grande região que substituiria, já dentro de um novo modelo de controle social,
um novo modelo de totalitarismo, implantado aos poucos e de forma indolor, as
fronteiras por um único país. Repito a pergunta: teoria da conspiração? Repito
a resposta: junte os pontos, os fatos que citei e todo mundo sabe e conclua
você mesmo para onde estamos indo. Não importa se isso tudo tem um planejamento
central ou não, se tem um pequeno grupo que “mexe os pauzinhos” ou não, se tem
ideologia disso ou daquilo, o que importa é que o conjunto dos fatos forma um
quadro assustador. Já está assustador, quando nos damos conta, mas estamos como
sapo na panela de água que vai esquentando, sem que este se mexa, até que seja
tarde.
Observe, meu caro leitor, a que
ponto chegamos nesse não me “toquismo” criado dentro do quadro de perversões
que afastou todo mundo da politica: para se fazer uma simples palestra sobre
propostas que um novo partido pretenda em uma entidade qualquer, associação,
empresa, universidade, colégio, talvez até em um canil, não pode! Por que? Ah!
Porque é um partido... Mas, e qual é o problema? É um partido que sequer está
registrado e esse excesso de pudor não faz sentido, afinal, de dois em dois
anos todos somos obrigados a votar. Alguém sabe de proibições e esse tipo de
comportamento nos EUA? Esse “não me toque” é uma das maiores bobagens que
se faz no Brasil, porque o que sobra é o toque retal dos dedos dos governos em
cada individuo, como nunca antes neste País. Nos EUA, jornais como o New York
Times, dentre outros, se declaram abertamente para um partido ou candidato ou
outro, televisões e até vários apresentadores e entrevistadores. Assim é também
na Europa, em vários países. Aqui, fica a coisa hipocritamente velada...
Quer mais? Empresários brasileiros
chegam a doar importâncias iguais para vários partidos, abertamente, uma coisa
abominável, pois falta coragem aos mesmos em declararem-se, unidos,
contra a carga tributária, contra a burocracia, contra o império trabalhista,
preferindo fazer acordos, pedir parcelamentos e continuar a pagar a conta da
extorsão continuada. O Brasil está ficando sem face, sem essência, sem rumo,
porque até mesmo seus melhores pensadores abstém-se de assumir uma posição
partidária, especialmente essa que traz o melhor dos modelos para o Brasil.
Acham que pagar a campanha de um candidato vai resolver suas vidas, não vai, o
incesto continua e quem sai perdendo é o próprio empresário e, claro, por
consequência, o País, a Nação. Precisam ler um pouco mais de Bretch...
Mais e mais pessoas se afastam da
política, pelo nojo que a política brasileira provocou, fazendo exatamente o
jogo dos que estão no poder. Quanto mais gente se afasta da política, portanto,
apenas reclamando, xingando, denunciando, etc., maior a possibilidade de um
rompimento do tecido social e institucional, porque falta o conhecimento da
relação de causa e efeito. É importante denunciar? Com certeza! Tem pessoas que
fazem isso com propriedade, mas é preciso apontar soluções, sob pena de, na
minha modesta opinião, jogar a Sociedade, revoltada, no limbo, pois sem
solução, qual é a esperança?
Lembro que o Chavez se tornou um
proto-ditador exatamente pela omissão de 80% da população venezuelana,
incentivada pelos políticos de oposição, quando o povo deixou de votar em
eleições parlamentares em 2005. Resultado: os partidários de Chavez votaram e
elegeram todos os parlamentares chavistas, dando-lhe total poder de mudar a
constituição, fazer leis e por aí afora. Vai levar anos, talvez dezenas, até
que se consiga recuperar a bobagem que fizeram. E aqui, vamos fazer isso
também? Vamos aceitar o “sifu” recomendado? Da parte dos federalistas,
certamente que não.
Por isso conclamo! O Brasil e seu
povo tem uma chance: o federalismo através do Federalista. Quero que compreendam
que não se trata de apenas mais um partido que quer chegar ao poder. Sim,
precisamos chegar ao poder para transformá-lo. Mas com um projeto definido. E
temos esse projeto. E com um partido realmente democrático que pertence aos
filiados e não aos caciques partidários. O único do Pais! Agora temos opção
real de transformar o Brasil, mas é preciso consolidá-la legalmente. É aí que
entra você, caro leitor, seja um ilustre desconhecido ou não.
A pratica do “não me toques”, o
“murismo”, o “não quero me comprometer” ou mesmo “ o não posso”, deve acabar!
Não tem mais desculpa. Temos uma opção, a única: o federalismo pleno das
autonomias dos estados e municípios. Se não conhece bem ainda o Projeto,
navegue pelas ideias, pelo Programa e Fundamentos no site federalista (www.federalista.org.br). E para
aplicar o Federalismo, sob uma nova Constituição, referendada pelo Povo, é
preciso ajudar a construir uma frente política, pois ainda temos uma certa
normalidade democrática, apesar dos inúmeros desrespeitos à atual Constituição.
Temos que colher as assinaturas de apoio, autenticá-las nos cartórios zonais
eleitorais e cumprir o processo imposto “legalmente”. Mas eu encaro isso como
oportunidade de organizar o Partido Federalista, de identificar lideranças e de
gente que quer realmente sair do muro e transformar o Brasil na nossa Nação.
Francamente, prefiro este caminho. Nascer forte, faremos isto!
Portanto, caro brasileiro, agora
existem duas opções: deixar como está para ver como é que vai ficar, ou
construir outro futuro para o Brasil, para si próprio e para seus descendentes,
sem mencionar o ato patriótico que isso implica. Não fazer nada me faz lembrar
que existem duas dores, a do sacrifício e a do arrependimento, uma deverá ser
optada, inexoravelmente. Agir implica em sacrifício, ainda que mínimo, mas
imagine, somos 120 ou 130 milhões de eleitores, não lhe parece que somos a
maioria?
O que estou propondo é objetividade.
Nada mais que isso. Não podemos ficar esperando algo acontecer, porque esse
algo não será bom, recomendo não arriscar... A emergência aumenta, mas
ainda dá tempo! Podemos ter não apenas o registro do Partido Federalista, mas a
sua organização em todo o País, criando uma forte possibilidade de sermos uma
grande surpresa em 2014. Se você quer isso então desculpe o tom de “ordem”: aja
agora!
MEUS DEUS!!!!
ResponderExcluirQdo esse povo vai acordar.
Que falta de estima!
Admiro a sua perseverança!!!!
E que Deus a conserve!
MEUS DEUS!!!!
ResponderExcluirQdo esse povo vai acordar.
Que falta de estima!
Admiro a sua perseverança!!!!
E que Deus a conserve!
Thomas, se a INTERVENÇÃO MILITAR não acontecer, por falta de cidadãos patriotas de verdade, só nos resta optar pelo Federalismo!!!
ResponderExcluirClaro, sem a menor sombra das urnas eletrônicas.